Jejum intermitente x Atividade física

A prática do jejum intermitente existe desde os nossos ancestrais. Na era primitiva, o acesso ao alimento não tinha a mesma facilidade dos dias atuais. Até conseguir caçar um animal ou colher algum fruto que encontrasse, o homem passava longos períodos sem comer. Hoje, basta abrir a própria geladeira ou até mesmo pedir um delivery.

Mas a prática do jejum intermitente não faz parte só desta parte da história. Ele também é encontrado como rotina nas práticas religiosas. O budismo, o cristianismo, o hinduísmo e o islamismo são exemplos de religiões que utilizam o jejum tradicionalmente.

Mas o que é o jejum intermitente?

O jejum intermitente é um tipo de padrão alimentar onde se alterna períodos de jejum e alimentação através de intervalos. Logo, não se trata de uma prática onde o foco está no que se come, mas sim, em quando fazê-lo. O que não significa que, dentro do período estipulado para alimentação, não se possa fazer escolhas menos calóricas, por exemplo.

Um intervalo muito comum do jejum intermitente é o de 12 a 16 horas. Entre as 12 a 16 horas escolhidas para o jejum, não se faz ingestão de alimentos. Terminando esse intervalo, as horas restantes serão as horas em que a alimentação é introduzida. O que também não significa que você vai comer voraz e ininterruptamente nesse horário. A moderação deve estar presente em qualquer tipo de intervalo do jejum bem como em qualquer outra prática, alimentar ou não. Assim, quanto ao tipo de jejum mais adequado para cada pessoa, deve-se considerar seu perfil, hábitos, organismo, etc. E, para isso, é indispensável consultar um profissional de saúde capacitado para essa finalidade.

Benefícios

Entre os benefícios mais procurados ao praticar o jejum intermitente está o emagrecimento. O fato de ficar um longo período sem se alimentar faz com que o organismo utilize os estoques de gordura que estão armazenados no corpo. Ao usar esse estoque para produzir a energia necessária para o funcionamento corporal, o emagrecimento pode sim acontecer.

Mas há muitos outros benefícios que podem se mostrar relevantes. São eles:

• Equilíbrio do humor
• Limpeza celular (efeito detox)
• Manutenção da glicemia
• Melhora da qualidade do sono
• Prevenção do câncer e da depressão
• Regulação hormonal e intestinal
• Rejuvenescimento cerebral e muscular
• Redução do risco de diabetes tipo 2 e obesidade
• Redução do risco de doenças do coração
• Redução do risco de doenças degenerativas (Alzheimer e Parkinson, etc.)

Atividade física

Para quem pratica atividade física, o jejum intermitente pode ser um grande aliado. Afinal, quando o corpo está em jejum, tem menor reserva de glicogênio. Logo, o organismo passa a utilizar a gordura armazenada como fonte de energia. Esse processo de queima de gordura é controlado pelo sistema nervoso simpático que é ativado pelo exercício e jejum.

Em exercícios moderados ou que têm maior prazo de duração, o jejum intermitente pode também alterar a performance do praticante. Inicialmente, após certo tempo, pode ocorrer a sensação de fraqueza, mas, logo depois, o próprio organismo se adapta à realidade. Em muitas dessas adaptações, o organismo pode decidir poupar o glicogênio e começar usar a gordura corporal como combustível.

As atividades mais indicadas para se fazer em jejum são: caminhada, corrida, ciclismo e natação. O que não significa que outras atividades não possam ser feitas. Por isso que reiteramos que, aliar a prática de atividades físicas ao jejum, seja ele intermitente ou não, requer acompanhamento médico. Afinal, nem todas as pessoas podem fazer essa associação ou mesmo aderir ao próprio jejum.

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